“Toma sempre consciência das qualidades ilusórias da vida – tal como um sonho – e reduz desta forma o apego e aversão. Pratica um bom coração com todos os seres. Sê altruísta e compassivo, independentemente daquilo que os outros façam. Aquilo que os outros te fazem não importa assim tanto quando visto como um sonho. O truque é ter intenções positivas durante o sonho. Este é o ponto essencial. Isto é a verdadeira espiritualidade.” – Jetsun Mularepa
Uma viagem ao misterioso reino do Butão, onde vamos visitar alguns locais sagrados naturais, templos, mosteiros, sítios onde poderemos estar em contacto com os ensinamentos de Buda. Muitos destes lugares não são os dos habituais dos programas turísticos, outros são. Em todos eles os nossos olhos e a nossa atitude mental são diferentes: fazemos práticas, temos sessões teóricas sobre filosofia Budista, temos tempo para sentar e meditar em grupo.
Vamos visitar sítios fora dos percursos turísticos nesta viagem ao Butão, como um mosteiro onde se crê que Padmasambhava – que introduziu o Budismo Vajrayana nos Himalaias – escondeu tesouros espirituais, ou uma nascente sagrada que se diz ter poderes curativos abençoada por Longchenpa – um Mestre da Escola Nyingma.
Durante esta viagem ao Butão a imersão na natureza é profunda, assim como na cultura local e na tradição Budista. Vamos ficar alojados não só em hotéis, mas também em casa de uma família tradicional Butanesa que vive num vale encantador. Terminamos este programa com a clássica subida ao Ninho do Tigre, cultivando uma atitude mais introspetiva. Depois, recuperamos energias num tradicional banho de pedras quentes.
Se não quiser gastar mais do que o investimento feito neste programa, durante a viagem ao Butão não terá necessidade de o fazer.
Uma viagem ao Butão onde vamos:
Associação de solidariedade social apoiada na viagem ao Butão: Vários mosteiros Budistas
Chegada a Catmandu e transfer para o alojamento. Check-in na Guest House do Mosteiro onde vamos ficar alojados. Início da viagem ao Butão.
À tarde, depois do almoço, fazemos um passeio pela zona onde estamos, onde vivem as comunidades Tibetanas. Se for possível, visitamos um projeto que apoia street dogs. É uma associação que não os recolhe, mas deixa-os viverem as suas vidas livres, junto das comunidades locais que cuidam deles. Ao invés disso, dá-lhes banho, tosquia-os, dá-lhes vacinas e tratamentos. É uma inspiração de modelo para a nossa sociedade.
Ao final do dia, juntamo-nos às centenas de pessoas que fazem circum-ambulações e orações à volta da Stupa principal desta zona. É uma forma de meditação e purificação do karma. Esta Stupa é considerada o templo Budista mais sagrado do mundo fora do Tibete.
Jantamos e recolhemo-nos.
Alojamento: Guest House***
Horas em viagem: 00:30 (estimativa)
Dirigimo-nos ao aeroporto, vamos voar até ao Butão, o país que se rege por índices de Felicidade Interna Bruta (FIB) em vez de dar mais importância ao Produto Interno Bruto (PIB).
Depois de uma surpreendente viagem por entre as cordilheiras dos Himalaias, onde temos a sensação de estarmos no topo do mundo, aterramos neste país tão especial e místico.
Percebemos logo no aeroporto como o Butão é bem diferente de tudo aquilo que já conhecemos. É apelidado do “Reino da Felicidade” e é certamente um país que tem imenso para nos ensinar.
À saída do aeroporto, somos recebidos calorosamente pelo nosso guia com um “Kuzuzampô-la” – a saudação tradicional Butanesa. O guia e motorista que nos vão acompanhar durante os próximos dias envergam o traje masculino tradicional, o Ghô – uma espécie de “kimono”. Descobrimos rapidamente que todas as pessoas usam esse traje no dia-a-dia – ou a Kira, no caso das mulheres –, quando estão a trabalhar, ou quando vão a locais sagrados.
Viajamos até Thimphu onde almoçamos. À tarde visitamos uma Stupa onde muitos Butaneses vão diariamente fazer as suas práticas (mantras, prostrações, kora). Esta é uma das estruturas Budistas mais icónicas de Thimphu, visitada por milhares de turistas e locais.
A seguir, dirigimo-nos para um amplo complexo com uma gigante estátua de Buda Shakyamuni, a maior do mundo na posição sentado. Segundo uma profecia de Padmasambhava, uma estátua de Shakyamuni seria construída na região entre Wong e Paro, concedendo bênçãos de paz e harmonia ao mundo, e aqui está ela.
Jantamos num Centro de Dharma desconhecido pelos turistas. Participamos em alguns rituais e cerimónias. Termina aqui este dia cheio, ainda o primeiro no Butão.
Alojamento: Hotel ***
Horas em viagem: 03:00 (estimativa)
Hoje vamos visitar um dos mais antigos Mosteiros Butaneses. Temos de fazer uma caminhada de cerca de 1h30 para lá chegar ao topo, mas vale a pena – até pelo caminho, que é inspirador. Durante o percurso, encontramos várias frases com importantes ensinamentos, que nos podem ajudar a manter o estado mental correto.
Na descida, visitamos um minúsculo templo cravado na pedra. Para chegarmos até ele, temos de entrar dentro da rocha, por escadas de madeira construídas em estreitos caminhos. Entramos numa gruta de meditação, onde somos avisados que só os virtuosos conseguem passar. Chegamos ao templo principal, que fica por baixo de um outro templo secreto ao qual não temos acesso. Sentamo-nos, aqui, em meditação.
A seguir, visitamos uma escola, onde almoçamos. Vamos ter um pequeno workshop de pintura e ficar a saber mais sobre as artes tradicionais do Butão.
Regressamos ao nosso hotel onde jantamos.
Alojamento: Hotel ***
Horas em viagem: 01:00 (estimativa)
Depois do pequeno-almoço, fazemos check-out e iniciamos viagem até uma pequena vila. Visitamos um templo dedicado à fertilidade de um mestre fora do convencional, Drukpa Kunley, conhecido também por “Divine Madman”. Recebemos explicações sobre as surpreendentes práticas e rituais que são feitos aqui. Fazemos girar moinhos de oração (aliás, como tantas vezes durante esta viagem), uma prática que se for feita com o estado mental correto pode trazer inúmeros benefícios.
Almoçamos nesta vila onde tantos locais e turistas vêm pedir que tenham filhos e depois regressam cá quando realizam esse desejo. Partimos para outro local onde vamos fazer uma caminhada nos campos de arroz e passar por uma mítica ponte suspensa.
Jantamos e recolhemo-nos.
Alojamento: Hotel ***
Horas em viagem: 04:00 (estimativa)
Visitamos o Punakha Dzong, um dos edifícios mais impressionantes do mundo. É um dos mais antigos e maiores mosteiros fortificados do Butão e ocupa um lugar sagrado nos corações de todos os butaneses.
A seguir a esta visita, fazemos um piquenique junto ao rio, onde almoçamos. E continuamos a viajar, em direção à Homestay onde vamos jantar e ficar alojados nas próximas duas noites.
As Homestays são casas simples de famílias que recebem hóspedes. Estamos num vale encantador, onde as habitações mantêm a arquitetura tradicional – como quase todas no Butão. Aqui não temos grande conforto, nem sequer há água quente a sair da torneira (trazem-nos baldes de água quente a pedido). Sentamo-nos no chão da sala, como se fôssemos da família, conversamos, fazemos perguntas, respondemos a questões, enquanto bebemos uma chávena de chá bem quente e esperamos pelo jantar que está a ser feito.
Alojamento: Homestay
Horas em viagem: 05:00 (estimativa)
Tomamos o pequeno-almoço na Homestay e, a seguir, vamos até a um Mosteiro. Encontramo-nos com um Monge que nos vai orientar e acompanhar durante o dia de hoje. Assistimos a um ensinamento sobre o Dharma de Buda dado por um Lama local, almoçamos e, se for um dia auspicioso, penduramos algumas Bandeirinhas de Oração.
Visitamos alguns locais sagrados secretos relacionados com Longchenpa, um Mestre da Escola Nyingma do Budismo Tibetano. Bebemos um pouco de água fresca de nascentes que nos dizem ter poderes curativos. Os animais andam soltos, tranquilamente pastam e vagueiam. Nós passamos por entre eles e dirigimo-nos até uma floresta numa caminhada silenciosa onde podemos contemplar uma árvore sagrada, mais imponente do que todas as outras. Dizem que esta árvore está invertida, que foi o cajado de Longchenpa. Há muitos mitos e crenças nesta cultura. Fazemos algumas circum-ambulações em torno da árvore, que contemplamos, e regressamos à povoação. Visitamos o pequeno e simples Mosteiro da aldeia, onde estão conservadas algumas relíquias.
No final, voltamos à Homestay onde estamos alojados. Jantamos e recolhemo-nos.
Alojamento: Homestay
Horas em viagem: 01:00 (estimativa)
Saímos bem cedo, depois de nos despedirmos calorosamente da acolhedora família que tão bem nos recebeu. Dirigimo-nos a Paro. A meio da viagem, paramos para almoçar com vista para as cordilheiras dos Himalaias, que são visíveis em dias de céu limpo. Depois, continuamos a nossa viagem. Paramos pelo caminho para mais uma visita a um mosteiro.
Jantamos em Paro, onde vamos pernoitar nas próximas noites.
Alojamento: Hotel ***
Horas em viagem: 06:30 (estimativa)
Neste dia, vamos visitar um dos mosteiros femininos mais antigo do Butão. Fazemos uma caminhada até este local, onde monjas vivem em recolhimento na floresta. As vistas para as montanhas sagradas são impressionantes. Almoçamos com as monjas, podemos fazer-lhes perguntas, passamos aqui a manhã.
À tarde, visitamos outro Mosteiro, um dos mais antigos templos do Butão, onde se acredita que Padmasambhava escondeu muitos tesouros espirituais. Em todos estes locais temos sessões de meditação, explicações sobre o que estamos a ver e em alguns locais sessões de estudo e reflexão sobre o Dharma. Algumas sessões são dadas por Lamas locais, outras pelo Igor. Os temas abordados podem ser-nos benéficos para a nossa vida e poderemos explorar com maior profundidade no regresso a casa.
Recolhemo-nos cedo, pois amanhã o dia começa antes do amanhecer.
Partimos de madrugada para uma caminhada até ao Ninho do Tigre, o mais famoso templo do Butão. Este sagrado complexo foi construído na gruta onde se diz que Guru Padmasambhava meditou alguns anos.
A caminhada não é fácil, mas lentamente, com tranquilidade, conseguimos. Quanto mais nos aproximamos e começamos a ver o Ninho do Tigre, mais motivados ficamos.
Finalmente chegamos ao topo, depois da reta final por uma escadaria que primeiro desce – aliviando – e depois sobe – desafiando mais um pouco. Visitamos calmamente todo o complexo e temos alguns momentos para sentar e meditar.
Regressamos pelo mesmo caminho, paramos a meio para almoçar.
Terminamos este dia intenso numa quinta onde podemos tomar um tradicional banho de pedras quentes. Podemos relaxar, beber um chá e, até, experimentar tiro ao arco, o desporto nacional do Butão.
Alojamento: Hotel ***
Horas em viagem: 1:30
Despedimo-nos do Reino do Butão. Apanhamos um voo de manhã e aterramos em Catmandu, no Nepal. Ficamos na mesma Guest House onde já estivemos antes.
Este dia é livre, podemos aproveitar para passear, fazer compras, voltar à Stupa onde estivemos no início deste programa.
Jantamos juntos, despedimo-nos desta viagem tão especial, que deixa certamente saudades.
Alojamento: Guest House ***
Horas em viagem: 00:30 (estimativa)
Regressamos a casa, depois de termos visitado um dos países mais misteriosos e inspiradores do mundo com uma cultura tão particular e tão diferente da nossa nesta viagem ao Butão.
Para a viagem ao Butão, viajantes de nacionalidade Portuguesa necessitam à data de hoje de: