TURISMO RESPONSÁVEL

BOAS PRÁTICAS PARA UM TURISMO MAIS RESPONSÁVEL

Seguimos uma Política de Turismo Responsável, validada pela certificação BIOSPHERE Responsible Tourism

Fazemos questão de transmitir a quem viaja connosco aquilo que consideramos serem boas práticas de Turismo Responsável. O nosso objetivo é que as viagens que organizamos sejam vividas de forma mais consciente, a todos os níveis.

É que viajar pode ser uma atividade muito enriquecedora, mas pode ter um enorme impacto negativo, a vários outros níveis. Daí a extrema importância das práticas de Turismo Responsável.

É cada vez mais importante estarmos conscientes do impacto negativo que as nossas escolhas podem ter. E de fazermos todos (empresas e viajantes) opções cada vez mais conscientes e responsáveis.

TURISMO RESPONSÁVEL

ALGUMAS DAS NOSSAS MEDIDAS

  • Escolhemos apenas destinos que não tenham ainda uma massificação desmedida do turismo.
  • Não fazemos atividades massivas, ou seja, não vamos onde toda a gente vai.
  • Nos programas que organizamos há sempre contacto direto com as populações locais com respeito pelos seus costumes e tradições, de forma benéfica para todos.
  • Incentivamos a preservação da cultura tradicional. Não gostamos da cultura-de-museu, mas sim de experiências simples, de ver como as pessoas vivem, falar e conviver com elas.
  • Acreditamos que estar em contacto com homens e mulheres de idades, culturas, modos de vida, religiões e convicções completamente diferentes, pode ser fonte de crescimento interior e contribuir para estados mentais mais positivos.
  • Todas as viagens que organizamos são exclusivamente vegetarianas e as refeições são, sempre que possível, tradicionais e de preferência feitas com produtos locais e da estação que não vêm do outro lado do mundo. Sendo a carne uma das indústrias mais poluentes do mundo, já para não falar no sofrimento animal que daí advém, esta é uma medida com grande impacto. Especialmente porque a maioria das pessoas que viaja connosco não é vegetariana, mas muitas, após esta experiência, reduzem o consumo de carne / peixe no seu dia-a-dia.
  • Não fazemos atividades com exploração animal, apenas visitamos animais no seu habitat natural ou em santuários fidedignos e de forma a não perturbar a sua vida na natureza.
  • A maioria dos fornecedores com quem trabalhamos são de pequena dimensão, muitos são empresas familiares que acabamos por ficar amigos.
  • Não trabalhamos, por norma, com grandes grupos económicos, exceto em situações pontuais (como companhias aéreas, seguradoras, alojamentos junto aos aeroportos ou em algumas grandes cidades).
  • Sempre que possível, escolhemos fornecedores ligados a associações humanitárias e/ou religiosas – quer para os alojamentos, quer para as “tours” e outras atividades que fazemos -, contribuindo, assim, para apoiar causas sociais.
  • Temos uma grande preocupação em pagar preços justos aos nossos fornecedores.
  • E em que seja tudo muito claro para quem viaja connosco: o que está incluído, o que não está incluído e quanto pode custar o que não está incluído.
  • As viagens têm um seguro de assistência e ainda cobertura cancelamento para proteção das pessoas que viajam connosco.
  • Doamos uma percentagem do lucro de cada programa de viagem para uma instituição local. Já apoiamos diversas instituições que ajudam idosos, crianças, refugiados, mulheres menos privilegiadas, etc.
  • Durante as viagens, fazemos donativos para mosteiros e outras associações religiosas ou não que visitamos (e incentivamos que quem viaja connosco o faça também).
  • Temos sempre uma grande preocupação em ajudar os nossos fornecedores a serem cada vez mais sustentáveis, partilhando com eles boas práticas e valorizando as mudanças que concretizam, mas respeitando sempre as suas condicionantes e dificuldades.
  • Incentivamos quem viaja connosco – e também quem nos acompanha online – a adotar práticas mais responsáveis, a ser um viajante mais consciente, pois o impacto negativo das atividades na área do turismo depende não só das empresas, mas também – e especialmente – dos viajantes.

ESCOLHAS MAIS CONSCIENTES

Se há coisas que não podemos evitar nos programas que organizamos – como as viagens de avião, transportes terrestres privados e as condicionantes socioculturais dos países de destino -, há outras práticas de Turismo Responsável que podemos adotar. E, até, influenciar outros positivamente.

Nós, como agência de viagens que tem grandes preocupações com o Turismo Responsável e com uma atividade mais ética e mais sustentável, tentamos fazer uma grande parte. Mas é sempre o viajante que tem o papel mais determinante!

Para começar, sugerimos o livro Lixo Zero da Ana Milhazes – com quem já aprendemos tanto -, que tem ótimas dicas quer para viagens mais sustentáveis, quer para reduzir a pegada negativa no dia-a-dia. E também o “Manifesto do Turista Responsável” da BIOSPHERE.

Ao escolher viajar com a Macro Viagens, já está a fazer uma escolha mais responsável, mas como viajante consciente que esperamos que queira cada vez mais ser, pode fazer também alguns esforços pessoais minimizando, assim, a pegada negativa resultante das viagens que faz.

SUGESTÕES DE BOAS PRÁTICAS
PARA VIAJANTES MAIS CONSCIENTE

Como provavelmente sabe, nos países para onde organizamos viagens, não é de todo conveniente beber água da torneira. No entanto, em vários locais por onde passamos, existe água filtrada boa para consumo (nós damos essas indicações durante as viagens).

Assim, se levar a sua garrafinha de água reutilizável, poderá enchê-la em vez de ter consumir dezenas e dezenas de garrafas de plástico.

Opte por garrafas em aço inoxidável, têm uma maior duração e são de material mais benéfico para a saúde.

As viagens que organizamos são vegetarianas e incluem todas ou quase todas as refeições. No entanto, vão existir ocasiões onde cada um pode escolher o que quer comer pois algumas refeições podem ser feitas em restaurantes com serviço buffet, onde por vezes existem também opções não vegetarianas – que são para outros clientes.

Nessas ocasiões, sugerimos que continue a respeitar o cariz vegetariano das nossas viagens e que opte por comida vegetariana, tradicional e, preferencialmente, feita com produtos locais.

Para além de ser mais saudável, é sem dúvida mais sustentável.

Nem sempre é fácil, ainda para mais nos países para onde organizamos viagens, mas é muitas vezes possível fazermos escolhas.

Assim, podemos sempre recusar palhinhas (ou até levar de casa a nossa palhinha em inox), não utilizar nem levar para casa as miniaturas oferecidas em alguns Hotéis (shampoo, condicionador, gel de banho etc.), usar sacos de pano em vez de plástico (se tiver sempre um saco de pano consigo, mais fácil se torna), não levar balões ou outros brinquedos em plástico para oferecer a crianças, etc.

Todos gostamos de trazer recordações das viagens que fazemos, mas é importante ter em mente algumas questões importantes:

  • Não compre em excesso, nem inutilidades;
  • Tenha atenção aos materiais das peças que compra (não adquira objetos em plástico, de marfim, corais, pele de animais, com penas,…);
  • Privilegie o comercio tradicional;
  • Questione-se sobre a origem dos produtos que compra;
  • Tenha atenção às embalagens dos produtos que compra – muitos produtos vêm embrulhados em plástico, até produtos ditos ecológicos (!!!);
  • Faça questão de pagar o preço justo;
  • Compre bens duradouros.

Quando nos oferecem algo, a nossa tentação é a de aceitar sem refletir. Mas é muito importante saber recusar: mapas, flyers, brindes, as já mencionadas palhinhas, etc.

O destino destas “inutilidades” é, invariavelmente, o lixo.

Por isso, saber dizer “não, obrigado, mas não quero” é muito importante.

Claro que há documentos que temos de imprimir, mas sempre que conseguirmos contornar as impressões, devemos fazê-lo.

Assim, se tem um smartphone e está familiarizado com as suas potencialidades, em vez de imprimir toda a documentação, pode levá-la disponível para visualização no seu telemóvel.

Para não falhar, basta ter duas preocupações: 1) descarregar ou fazer um print pois nem sempre há acesso a wi-fi; 2) ter bateria, levar o carregado acessível e ter uma power bank para qualquer eventualidade.

A água é um bem precioso, todos já sabemos. Por isso, temos de estar bem conscientes disso e aprender a usar a água de forma consciente.

Seja no banho ou quando pede para lhe trocarem as toalhas no alojamento onde está, é importante não esquecer de que a água é um bem escasso.

Nos países para onde organizamos viagens, é usual tomar-se banho com dois baldes (um pequeno e um grande) e é curioso como essa prática limita mesmo muito o gasto desnecessário de água.

Não que o tenha de fazer, mas deixamos este exemplo para reflexão.

Todos os animais, selvagens ou não, mamíferos ou répteis, aparentemente bonitos ou feios, devem ser respeitados.

Assim, aconselhamos seriamente a não perturbar a vida animal.

Isso passa por não alimentar animais selvagens pois isso torna-os dependentes do Homem e altera o seu comportamento natural.

Para além disso, consideramos que todos os animais – até aqueles que nos parecem mais repugnantes – têm o direito à vida. Assim, sugerimos que se encontrar algum ser vivo mais repugnante (barata, inseto,…), o tente afastar, em vez de o matar.

Se precisar de ajuda, peça-nos (o Igor está disponível, já a Diana, ainda está a lutar contra a repugnância que sente por alguns destes bichos que sabe serem inofensivos – ehehe).

Temos uma grande preocupação em não incluir nos nossos programas atividades que não respeitem os animais e estamos sempre prontos para ajudar algum animal que precise.

Não leve para casa “só uma pedrinha”, “só esta conchinha”, “só aquela planta” ou “só este saquinho de areia”.

Se todos os viajantes levarem para casa “só” isto ou aquilo, isso poderá ter um grande impacto a longo prazo. Deixe a natureza onde como a encontrou e leve apenas fotografias e memórias como recordações.

Não leve roupa que já não usa – e que muitas vezes não é sequer usada nos países para onde viajamos devido às diferenças culturais – para deixar lá.

Não leve doces, nem brinquedos de plástico, balões, etc para oferecer a crianças.

Os doces não são benéficos para a saúde nem de crianças, nem de adultos e o plástico é muito prejudicial para o ambiente.

Para além disso, isto cria o hábito de “pedir” nas crianças, que o começam a fazer mal vêm turistas. Nas escolas, favelas, etc que visitamos esse hábito (ainda) não existe e não queremos que isso mude.

Informe-se também antes de oferecer material escolar. Existem zonas (como por exemplo é o caso do estado de Kerala, na Índia) onde quem estuda tem acesso a tudo gratuitamente, incluindo material escolar.

Em resumo, a maioria das coisas que oferecemos são inúteis e vão parar em pouco tempo ao lixo – que ainda por cima nestes países, pode ser no chão, na rua, na natureza.

Se quiser ajudar, faça um donativo em dinheiro ou em géneros a associações credíveis, que se encarregam de ajudar quem precisa, fazendo-lhes chegar bens e dinheiro que realmente necessitam.

Não fotografe sem pedir autorização, muito menos sem falar com a pessoa.

É natural que sinta vontade de fotografar, mas pense sempre que são pessoas, que devem ser respeitadas, tal como gostaria de ser respeitado.

Não fotografe miséria, nem situações desumanas.

Peça autorização e mostre sempre a fotografia à pessoa fotografada.

Por outro lado, e especialmente na Índia, toda a gente quer tirar fotografias connosco, porque somos diferentes deles. Assim, quando achar que está farto que lhe peçam se podem tirar uma fotografia consigo, lembre-se que também já os quis – e quer – fotografar.

Em alguns países, como na Índia, existe um grande negócio à volta da mendicidade. A maioria das pessoas que estão a pedir – nas grandes cidades – são explorados por organizações criminosas.

Para além disso, muitos daqueles que pedem nas ruas são crianças.  Ao contribuirmos para que ao fim do dia levem dinheiro para casa, estamos a fazer com que a possibilidade de irem à escola, seja cada vez menor.

Não contribua para estes “negócios”. Se quiser dar, faça donativos a instituições credíveis não governamentais ou religiosas. Ou então, ofereça comida, mas comida que não possa ser devolvida ao supermercado em troca do dinheiro ou vendida.

Parece estranho, mas não é. Nós explicamos: dar gorjetas demasiado elevadas, faz com que as populações locais se habituem a inflacionar os preços para os turistas e isso desequilibre a economia.

Se fizer uma viagem de Tuk Tuk na Índia por Rs.200 e der Rs.100 de gorjeta, isso não é equilibrado.  Já se der Rs.20, esse valor é razoável e será apreciado. 

Pagar os preços justos, é equilibrado e nós somos a favor disso. Também não somos apologistas de regatear, para além do que é suposto nestas culturas. Dar a mais, tem impacto na cultura e na mentalidade das populações. Dar a menos, também.

Vamos a um exemplo prático? Imagine que trabalha como taxista cá em Portugal, faz uma viagem de 15€ e recebe 10€ de gorjeta, o quão esquisito isso seria?!

Dar 10% ou 15% de gorjeta do valor pago, é normalmente o mais equilibrado.

“Em Roma, sê Romano”, é por este ditado que nos regemos.

Assim, pedimos a todos os viajantes que respeitem a cultura e tradições locais e que tentem não fazer julgamentos, mas perceber as diferenças e não ter comportamentos que possam chocar.

Isto reflete-se na roupa que pedimos que usem (que no caso das mulheres deve cobrir pernas, peito e ombros e não deve ser reveladora, especialmente na Índia), no respeito pelos costumes locais, nos templos, ashrams e mosteiros, devemos ter uma atitude respeitadora e introspectiva e seguir as indicações que nos forem dadas, ainda que muitas vezes nos pareçam estranhas.

Aproveitamos todas as viagens que fazemos para cultivar o não julgamento e tentamos incutir isso a quem viaja connosco.

Tentamos incluir em alguns programas  Karma Yoga

Karma Yoga é serviço abnegado, ou seja, é trabalho voluntário. Mas mais do que isso, é o ato de servir, sem esperar nada em troca, livre da expectativa de reconhecimento, resultados e atenção.

Tradicionalmente dedica-se o Karma Yoga ao mestre, ao guru ou a Deus.

Esta prática espiritual beneficia tanto quem pratica, como quem usufrui. Não é obrigatório participar, claro, mas é benéfico, especialmente para quem o faz.

As actividades de Karma Yoga, podem passar por recolher lixo na praia, servir comida aos monges, por fazer atividades com crianças, ajudar na construção de uma Stupa, plantar árvores, limpar um mosteiro, lavar a louça,… as possibilidades são várias e sempre diferentes.

Em cada programa de viagem, sempre que possível, sugerimos algumas, de acordo com as necessidades que encontramos.

Privilegie produtos de higiene e beleza mais amigos do ambiente (e da saúde), tais como: sabão, shampoo e amaciador de cabelo em barra, escova de dentes em bambu, protectores solares ecológicos, embalagens reutilizáveis, ingredientes naturais, etc.

Existem imensas marcas familiares de produtos naturais à venda em Portugal, é uma questão de pesquisar online. Nós costumamos comprar na Mind The Trash ou na Unii Organics e gostamos muito (tanto dos valores destes projetos como dos produtos).

Existem muitas práticas que queremos acreditar que na nossa cultura já estão quase completamente enraizadas, tais como:

  • Não deitar lixo para o chão (nem beatas de cigarro que não se degradam facilmente);
  • Não desperdiçar comida (pedir apenas o que conseguimos comer ou levar para comer / doar as sobras);
  • Não deitar fora garrafas de água ainda com água (podemos usar essa água para regar plantas ou lavar os dentes);
  • Não deixar luzes, ventoinhas ou ar condicionado ligados no quarto sem ninguém lá dentro;
  • Confirmar se as torneiras estão bem fechadas e se não estão a pingar;
  • Não usar elevadores para subir ou descer apenas um andar;
  • Não chamar um táxi ou tuk tuk (Auto Rickshaw) para uma distancia pequena, em vez de ir a pé.

No entanto temos de estar muito atentos e conscientes, caso contrário facilmente perdemos a atenção e não fazemos coisas tão simples como estas.

Lembre-se sempre de que cada pequeno ato ou escolha que faz, conta. E de que é mesmo muito importante estarmos lúcidos, a todo o momento.

Esse é um trabalho contínuo de cada um, inclusive nós, claro. Não estamos – longe disso! – sempre atentos, mas queremos estar cada vez mais conscientes e trilhar um caminho mais sustentável.

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