Ainda me lembro bem da época em que ia duas e três semanas para fora, ainda não existiam SmartPhones como agora e conseguia ‘desligar’ completamente. Quando queria telefonar, usava um telefone público, quando tinha de aceder à Internet, ia a um cyber café.
Hoje não é tão fácil desligarmos completamente, fazer comunicações no estrangeiro tornou-se mais fácil, mas pode sair muito caro. Por isso mesmo, explicamos tudo sobre roaming na UE e fora da UE e damos três dicas muito eficazes para pouparem em comunicações no estrangeiro e acesso à Internet, se estiverem fora da UE.
E não nos esquecermos de quem tem de fazer chamadas para pessoas que não estão familiarizadas com o universo dos WhatsApps e afins. Indicamos a mesma aplicação que nós usamos, de onde é possível fazer chamadas mesmo muito baratas. Nós, que por vezes estamos fora da UE dois e três meses seguidos, desde que passamos a usar essa App, temos poupado centenas de euros em chamadas.
Roaming na UE
Para quem ainda não sabe, o roaming é gratuito e automático na União Europeia. Ou seja, em viagens para outro país da UE, não se tem de pagar nenhuma taxa adicional para chamadas ou mensagens escritas (SMS) – efectuadas ou recebidas – para números nacionais (fixos ou móveis). Por isso não têm de se preocupar em poupar em comunicações no estrangeiro porque é como se estivessem em Portugal.
A utilização de dados móveis também não tem custos extra (mas existe um limite de dados que se pode usar em roaming, no meu caso 10 GB – mas depende do tarifário).
Roaming fora da UE
Em viagens para fora da UE, os preços a pagar em roaming podem chegar a ser proibitivos. E o pior é que se paga pelas chamadas efectuadas e SMS’s enviados, mas também pelas chamadas recebidas. A única excepção são os SMS’s recebidos, que – felizmente – não têm nenhum custo. Quanto aos dados móveis, é para esquecer: são mesmo muito caros.
Por isso, antes de uma viagem para fora da UE, se querem poupar em comunicações no estrangeiro, devem sempre:
- Confirmar com a vossa operadora se o roaming está disponível no país de destino;
- Perguntar se o roaming nesse país é automático e no caso de não ser, como proceder para solicitar a activação;
- Pedir informações sobre as tarifas praticadas em roaming.
Mas como poupar em comunicações no estrangeiro (fora da UE)?
1 – Usar sempre wi-fi e nunca os dados móveis
- Quando chegarem ao destino, desliguem imediatamente os dados móveis e liguem-nos só em caso de emergência;
- Nos aeroportos costuma haver wi-fi gratuito (se não ilimitado, pelo menos alguns minutos), aproveitem para dizer que chegaram bem via aplicações como o WhatsApp, Facebook Messenger, Skype, etc.
- Nos alojamentos, restaurantes, etc. perguntem sempre se têm wi-fi gratuito e aproveitem essa altura para comunicar, consultar e-mails, redes sociais, etc.;
- Se por algum motivo de força maior tiverem ligar os dados móveis do vosso cartão português, antes de o fazerem, desactivem a permissão das aplicações que não vão precisar de usar para não gastarem tantos dados (por ex., a descarregar e-mails).
2 – Adquirir um cartão SIM local
Sempre que viajamos, tiramos um SIM local. No nosso caso isso é muito importante pois trabalhamos online e durante as viagens com grupos temos de fazer inúmeros telefonemas para os fornecedores locais. Eu tenho dois telemóveis – um para o meu SIM português e outro desbloqueado para os SIM’s locais – e o Igor tem um telemóvel dual SIM.
Se sabem de antemão que, tal como nós, vão precisar de aceder com muita frequência à Internet, equacionem tirar um cartão SIM local.
É importante verificarem antes da viagem, online, qual a operadora que oferece melhores tarifários para turistas. E vejam também o que é necessário para tirar um SIM, para irem prevenidos. Em alguns países as operadoras podem pedir uma cópia do passaporte e, até, uma fotografia tipo passe. Noutros países é tudo digital.
Não se podem esquecer de levar um telemóvel desbloqueado (se não tiverem, pode compensar comprar um telemóvel básico barato, em Portugal ou até no destino).
Quanto ao melhor local para tirarem o cartão SIM, no aeroporto por norma é o local mais caro, mas o processo pode ser mais fácil e compensar. Informem-se em fóruns de viajantes.
3 – Utilizar o Rebtel para chamadas para rede móvel ou fixa
Para quem precisa de comunicar com pessoas que não usam aplicações como WhatsApp, Facebook Messenger, Skype, etc. ou para quem precisa de ligar para números fixos, como eu, e quer poupar em comunicações no estrangeiro, o Rebtel é uma aplicação muito económica e prática.
É preciso estar ligado a uma rede wi-fi ou ter dados móveis para fazer chamadas, mas o custo é mesmo muito baixo, especialmente em chamadas para números fixos.
E é muito fácil utilizar: faz-se o registo na APP (aqui), depois faz-se download da aplicação no telemóvel e carrega-se com créditos, a partir de um cartão de débito ou crédito. 5€, por exemplo, dão imediatamente direito a cerca de 250 minutos para chamadas para números fixos e 15 minutos para redes móveis.
A minha mãe e tia não percebem nada do mundo online. Por isso, quando estou em viagem, para poupar em comunicações no estrangeiro, ligo-lhes sempre do Rebtel para o número de casa delas, através dos dados móveis do meu SIM local ou de wi-fi. Num mês fora, a ligar-lhes com frequência, nem sequer 5€ gasto. Se elas me ligassem, mesmo sendo mais económico receber do que efectuar chamadas, gastava centenas de euros pelos mesmos minutos, como acontecia antes de conhecer o Rebtel.
Se acharem o Rebtel vos pode ser útil, façam o registo com este link. Assim, quando carregarem com pelo menos 1€, nós recebemos uma pequena comissão pela divulgação. Estarão a apoiar o nosso projecto, sem terem nenhum custo. 🙂
E se gostaram deste artigo e aprenderam mais sobre como podem poupar em comunicações no estrangeiro e querem saber também como podem poupar em levantamentos e pagamentos no estrangeiro, podem ler este post.